Paulinho tinha 16 anos quando levou sua primeira surra de verdade, até então ele só havia levado umas palmadinhas de seus pais. Mas ele havia passado dos limites e sua mãe sabia que dessa vez deveria puni-lo com severidade.
Maria foi chamada ao colégio onde seu filho estudava por sua diretora. Há muito que ela insistia para que Maria fosse vê-la, mas a falta de tempo fazia com que ela tivesse sempre que adiar, mas naquela sexta não teve como, a diretora pedia que ela fosse com urgência até o colégio senão seu filho perderia a bolsa pela qual seus pais tanto batalharam. Sem ter alternativa Maria compareceu a escola onde ouviu as histórias sobre seu filho, que a deixaram chocada e prometeu que Paulinho seria punido de maneira exemplar.
Chegando a casa pediu a seu filho que fosse para o quarto e aguardasse ser chamado por ela, e o proibiu que saísse de lá sem autorização. Então como de costume preparou o jantar e esperou que seu marido chegasse. Carlos era um bom pai, mas um pouco ausente pelo excesso de trabalho, chegava todo o dia tarde em casa e sempre cansado. Mas nesse dia estranhou, ao chegar em casa viu que tudo estava limpo e arrumado como se esperassem alguém, olhou na mesinha da sala e viu um cinto e uma vara. Não entendeu, mas sentindo o cheiro que vinha da cozinha esqueceu tudo e correu a mesa de jantar. Na mesa apenas dois lugares. Maria então logo explicou o que estava acontecendo. Contou tudo que ouviu no colégio sobre Paulinho, como ele vinha matando aulas, falsificando a assinatura dos seus pais nas ocorrências e suspenções, seu mau trato aos professores e suas notas vermelhas. Carlos se enfureceu queria logo ir tirar satisfação com o filho, mas Maria explicou que já havia combinado com a diretora de puni-lo mais tarde. Jantaram e esperaram a visita da diretora e uma das professoras para o castigo.
Todos reunidos Maria tratou logo de ir buscar seu filho no quarto. Paulinho sentia um frio na espinha, não sabia bem o que estava acontecendo e aquilo tudo o assustava, mas o medo só piorou ao chegar à sala e se deparar com aquelas pessoas, observou a vara e o cinto de couro em cima da mesa, quis fugir, o silêncio era aterrador, todos os olhares estavam voltados pra ele. Foi então que sua mãe quebrou o silêncio e mandou que ele tirasse as roupas, pois seria punido diante de sua professora e sua diretora pra que ele aprendesse a não mais desrespeita-la. Chorou, implorou não queria de jeito nenhum tirar as roupas, não sabia o que era pior a humilhação diante de todos, ou a dor que iria sentir. Seu pai foi logo avisando que se ele não tirasse por bem iria tirar por mal e que a surra seria ainda mais severa. Então não teve outra escolha senão tirar as roupas e ficar na posição indicada por sua mãe, empinado bem a bunda pra que ficasse bem exposta para sua surra.
Seu pai então pegou o cinto e chamou a diretora para que começasse a surra, ao ouvir isso Paulinho quis fugir, saiu da posição, contestou, colocou a mão na bunda pra tentar se proteger seu pai então resolveu segurar seus braços durante o castigo. Então a diretora sem piedade começou a surra-lo com o cinto, passando depois para a professora que olhava tudo com ar de contentamento, mas uma vez foi surrado, chorava e implorava pra que parassem. Mas não havia terminado. Agora era a vez da mãe que pegou a temida vara, tentou sair correndo e se livrar do pai que segurava seus braços com força, mas sua tentativa foi inútil e então sentiu pela primeira vez a fúria de sua mãe que bateu com gosto deixando marcas que ele jamais iria esquecer. Ao terminar sua mãe ordenou que ele ficasse de cara para a parede enquanto todos conversavam na sala. A diretora prometeu não expulsar Paulinho do colégio, por sua vez Maria e Carlos prometeram serem muito mais severos na educação de seu filho.
Paulinho ouvia tudo quieto, sentia-se humilhado, principalmente diante da professora por quem sempre nutriu uma paixão secreta, e que se mostrou tão satisfeita em mal trata-lo mesmo assim ainda a amava, mas não sabia como iria encara-la depois disso. Também sabia perfeitamente que aquela tinha sido a primeira de muitas surras que ainda viriam. Descobriu naquele momento que seus pais já não eram o mesmo, e nem ele.